
Entre os dias 25 e 29 de Outubro , ocorreu em São Paulo o Brasil Game Show, o maior evento de jogos eletrônicos da América Latina. A feira, que já esta em sua 6ª edição, aconteceu pela segunda vez no Expo Center Norte, em São Paulo, abrindo as portas para um grande público poder conferir as novidades deste ano no mundo dos games.
Conforme a tradição, a N-Party esteve presente em mais um BGS, aproveitando todas as novidades da feira e levando os detalhes para nossos leitores através dos nossos diferentes perfis sociais.
O maior evento de games da América Latina
Assim como na última edição, a organização do evento disponibilizou ônibus fretados que levavam os visitantes da estação de metrô Portuguesa-Tietê até o espaço da feira. Logo de cara, diversos voluntários estiveram de prontidão para atender ao público. É bem legal observar que haviam muitos cadeirantes entre os voluntários, que nos receberam com um largo sorriso e uma grande simpatia.
Apesar de todas as comodidades do evento para a chegada dos visitantes, haviam muitas pessoas na porta nos dias abertos para o público, implicando em uma fila que dava voltas no quarteirão. Apesar dos 2 pavilhões que a edição deste ano estava ocupando, o evento chegou ao seu limite de pessoas, havendo a necessidade de limitar a entrada em alguns momentos.
Mesmo com uma grande quantidade de visitantes, foi fácil andar pelo evento até mesmo no horário de pico do dia mais cheio, e tudo isto graças ao grande espaço dos corredores que dividiam uma stand da outra. E o conforto do Expo Center Norte permitiu até mesmo que a galera se acomodasse no chão enquanto estivesse cansada.
Sentimos falta de um número maior de cosplayers na feira. É claro que isto aconteceu devido ao evento não ter realizado nenhum tipo de concurso ou ter criado algum benefício para a galera que quisesse expor seu trabalho, além do fato de que não havia um lugar para os cosplayers se trocarem. Mesmo assim, conseguimos encontrar bons cosplays nos dias em que estivemos no evento.
Os expositores e as atrações
Mais de 80 expositores participaram da feira este ano, espalhados em diversos stands pelo evento. Para facilitar, os stands foram divididos nos dois pavilhões, com áreas diferentes: no pavilhão branco, estavam as publishers e empresas com foco em consoles de mesa, enquanto no pavilhão azul, estavam empresas com foco para games de computador. No mezanino do pavilhão azul, havia um corredor voltado para empresas com foco corporativo.
Os maiores (e mais concorridos) stands do pavilhão azul seriam reservados para as 3 grandes, mas destas, apenas a Sony e a Microsoft estiveram presentes.
O stand da Sony contou com estações para experimentação do PS4, PS Vita e um belo ambiente para jogar o Gran Turismo 6 (confira os detalhes da participação da Sony e nossas impressões do PS4 em nosso artigo). Sem dúvida, ele foi um dos stands mais visitados do evento, com grandes filas ao redor de seu espaço.
Logo ao lado, estava o stand da Microsoft, com muitas luzes verdes e músicas cults, vindas de um aparente CD das mais ouvidas da Jovem Pan. Porém, infelizmente, apenas 4 estações estavam disponíveis para jogar o XBox One, e haviam pouquíssimas atrações dentro do stand (confira os detalhes da participação da Microsoft e nossas impressões do XONE em nosso artigo).
O espaço que antes era da Nintendo ficou reservado para a Saraiva, que disponibilizou diversos produtos a venda, como games, filmes e livros, além de miniaturas e outros acessórios. O stand também continha estações para os visitantes jogarem games diversos, como Disney Infinity ou Call of Duty.
A Ubisoft dividiu seu stand em seus 3 principais lançamentos: no espaço para Just Dance 2014, os visitantes podiam subir ao palco e participar da jogatina do game, acompanhados pela platéia; No espaço para Assassin`s Creed IV: Black Flag, haviam diversos promotores vestidos de corsários, auxiliando os jogadores na experimentação do jogo; O espaço para Watch_Dogs era fechado, e os visitantes poderiam visita-lo apenas uma vez, a fim de assistir a uma breve apresentação do game com um trailer exclusivo.
A Warner esteve presente com grandes stands, que continham vários jogos para serem testados. Entre eles, Batman: Arkham Origins, LEGO Marvel Super Heroes e Disney Infinity, dos quais também serão lançados para os consoles da Nintendo. Need for Speed Rivals não estava disponível para ser jogado, mas haviam telas exibindo seu trailer.
Os stands da EA se focaram em Battlefield 4 e Fifa 14. A perspectiva só mudou quando o pessoal do Jovem Nerd e do MRG assumiu o controle para apresentar o Dying Light, um game survival publicado pela Warner Bros com ambiente em um apocalipse zumbi, mas que não será lançado para os consoles da Nintendo.
A Activision recebeu um enorme público disposto a por as mãos pela primeira vez em Call of Duty: Ghosts, que será lançado em breve. Finalmente conseguimos ver os detalhes do cachorro de perto, e ter uma experiência de como será comandar as equipes do game.
Alguns stands estiveram com foco apenas na venda de produtos, como o stand do Street Fighter e a loja do próprio Brasil Game Show, mas nenhum deles apresentou qualquer item de interesse, com uma grande leva de brindes corporativos a um preço exageradamente alto.
O stand das Lojas Americanas, no entanto, além de vender alguns games e filmes, colocou a venda uma grande variedade de chocolates e outros doces ao preço original das demais lojas, além de nos ganhar com brindes como camisetas dos Cavaleiros do Zodíaco e tubos para fazer bolhas de sabão.
Poucos stands do pavilhão azul se destacaram. A N-Vidia trouxe o N-Shield para o público testar, e recebeu muito bem seus visitantes no stand, que continha várias estações com computadores e outros produtos rodando games atuais em resolução máxima.
O stand da Seven, uma escola de computação gráfica, representou bem o papel de substituto da SaGa ao coletar nomes de visitantes para um "sorteio"de bolsas de estudo" - e o pior é que, mesmo depois de anos deste grupo indo a eventos deste gênero, conseguimos ser pegos por um dos promotores e dar nossos dados para seu cadastro.
Porém, sem dúvida alguma, o stand da Riot Games era não só o maior do gênero, como também o mais bonito e o melhor estruturado. Conforme programado, a empresa organizou o Desafio Internacional de League of Legends, recebendo times das Américas para disputar o grande prêmio do evento. Para isto, foi disponibilizado uma estrutura digna do que a empresa faz em campeonatos estrangeiros, com grandes telões e muitas cadeiras para o público assistir com conforto as partidas, que também foram transmitidas via streamming.
Como se não bastasse isso, a Riot ainda distribuiu diversos brindes para os presentes, indo desde adesivos a skins do Blitzcrank e cordões de pescoço com o logo do game.
Uma grande praça de alimentação, mas com problemas recorrentes.
Um dos grandes problemas do evento no ano passado estava na praça de alimentação, que não suportou o grande público presente. Porém, na edição deste ano, existiam 2 praças de alimentação, espaço 7 vezes maior se comparado ao ano passado.
Além disto, existiam diversas marcas conhecidas entre os restaurantes, como o Bob's, Black Dog e Big X Picanha.
Apesar da grande melhoria e do aumento de conforto para o pessoal que quisesse se alimentar no evento, um pequeno (e sério) problema ainda estava presente: os valores dos lanches estavam muito altos. Para qualquer restaurante, era difícil almoçar com menos de R$ 25,00 - um combo básico no Bob's sairia por este valor, e isso se agravava com o fato dos visitantes não poderem sair da feira, caso o fizessem, deveriam pagar uma nova entrada para retornar ao evento.
Não só os valores estavam elevados, como em alguns lugares, os produtos eram de segunda qualidade - falo isto porque eu costumava frequentar uma Casa do Pão de Queijo diariamente (existe uma loja da franquia na praça de alimentação da minha faculdade), e claramente, os os produtos não apresentavam o mesmo nível de qualidade.
A falta da Nintendo
É realmente uma pena entrar em um evento como o Brasil Game Show, e não conseguir encontrar praticamente NADA que diz respeito a Nintendo. Precisamos admitir: ficou feio para a empresa. Escutamos comentários de fãs da Big-N, comentando que "a Nintendo não precisa destas feiras para se promover" - este tipo de comentário não reflete em nada no respeito da empresa com o público brasileiro.
Haviam sim coisas para serem apresentadas na feira, mesmo que o Wii U não tenha sido lançado oficialmente no país. Pokémon X e Pokémon Y ainda são novidades, e Zelda para o 3DS esta a caminho, tal qual como o incrível Super Mario 3D World. Havia sim público para consumir as novidades, pois o número de pessoas com o 3DS no evento era alto, mesmo sem a promoção de atividades para o portátil.
Então, por que a empresa não quis investir em uma stand na feira? Pelo mesmo motivo dela não querer investir no país. Ainda não esta claro para a Nintendo que o Brasil é um mercado muito promissor, e isto reflete nos dados que a empresa possui, de um país que prefere consumir produtos piratas a originais e tem altos valores de impostos.
Esperamos que a posição da Big-N mude para os próximos eventos, e que possamos ter uma nova experiência com seus produtos no futuro.
Queremos agradecer, de coração, a toda a equipe da organização, que nos tratou com muito carinho desde o começo. Também queremos agradecer a todos que encontramos dentro da feira, e a todos aqueles que nos acompanharam nestes últimos dias em nossos perfis sociais.
Esperamos que o Brasil Game Show continue crescendo e ampliando sua estrutura para conseguir comportar todos os visitantes da forma como é necessária. E também esperamos estar sempre nos eventos futuros, podendo trazer todas as novidades aos nossos leitores.
Não deixe de conferir todas as fotos do evento em nosso álbum.