Logo de cara, fui surpreendido pela São Paulo Expo em reforma. Já imaginei que estivesse desta forma, pois ainda na FestComix, que aconteceu há alguns meses, o local estava em construção para novos prédios. Isso tornou a chegada no evento um pouco incômoda, pois tivemos que andar uma distância considerável, isso no meio de lama e (em certos dias) com chuva.
Chegando no evento, da mesma forma que no ano passado, a primeira coisa que o público encontrou foi o espaço da PiziiToys, que, junto com o Omelete e a Chiaroscuro, são os grandes organizadores da CCXP. Lá, além da loja oficial de seus produtos exclusivos, haviam itens da Iron Studios, Hot Toys e claro, Tamashii Nation e Bandai, onde estavam os Cavaleiros do Zodíaco e outras figuras japonesas.
Todas lojas e empresas de entretenimento estavam com um espaço maior ou com uma atividade especial. Assim foi na Netflix, que tinha karaokê, na Warner, que oferecia maquiagem de Arlequina e estação de jogos e até mesmo na JBC, com um palco para shows de banda ao vivo.
Do outro lado, em áreas voltadas às HQs e novos quadrinistas, havia um grande número de artistas que exibiam seus (ótimos) trabalhos. Eu mesmo não pude sair de lá sem levar nada. A área era extremamente diversificada, indo desde ilustrações bem alternativas e menos conhecidas até mesmo games e personagens que fizeram parte de nossas vidas. Realmente um ponto positivo.
Embora tudo tenha sido melhor preparado que no ano passado, por já terem tido um “test drive” com a CCXP 2014, nem tudo foi perfeito, principalmente em relação a um episódio chato de sexta-feira, dia 4.
Ok, você visitante, que quer ir ver seus famosos do Netflix (mais precisamente David Tennant e Krysten Ritter), está pronto para esperar horas e horas para o tão sonhado encontro com seus ídolos? A resposta da grande maioria seria positiva, mas ninguém esperava que o painel de Jessica Jones fosse tão curto para tantas horas de espera.
O que era para ter durado 45min, acabou se tornando 10. Talvez o problema tenha sido logístico ou mesmo de planejamento, mas a forma como acabaram com a participação deles no auditório CInemark foi no mínimo estranha. Cortaram a fala deles no meio e os tiraram do palco, deixando grande parte dos que estavam lá nada felizes e foi uma das maiores críticas do dia. Quem estava na platéia disse que o público não se comportou e estavam gritando muito, impossibilitando os atores de falar. Outros, consideraram grosseria tirá-los daquela forma. Não sei exatamente o que houve, por não ter entrado lá, entretanto, creio que a falta de segurança talvez tenha sido um fator importante para a atitude tomada.
No ano passado não houve nenhum problema parecidos com esse. Felizmente todos painéis que fui na época foram bem sucedidos. Desta vez, mesmo tendo uma arena maior, foi bem complicado conseguir ver algum depoimento no auditório (principalmente pela área não ser liberada para qualquer veículo de imprensa, apenas os grandes nomes).
No ano passado não houve nenhum problema parecidos com esse. Felizmente todos painéis que fui na época foram bem sucedidos. Desta vez, mesmo tendo uma arena maior, foi bem complicado conseguir ver algum depoimento no auditório (principalmente pela área não ser liberada para qualquer veículo de imprensa, apenas os grandes nomes).
Em se tratando da cobertura, um ponto que mais chamei atenção como uma vantagem na edição anterior não esteve nesta: o Wifi. Pode parecer algo simples, mas num local onde o sinal de celular é quase nulo, o sinal de Wifi liberado é extremamente importante na cobertura de eventos. Ano passado, mesmo sem ter uma rede especial para jornalistas, foi possível publicar fotos, vídeos e notícias direto da feira. Neste ano não existia uma rede livre e a rede para jornalistas era completamente instável. Trabalhar de lá se tornou um verdadeiro inferno. Para o público isso teve reflexo de uma forma ainda mais chata. Por conta do sinal fraco de celular, muitos pais se perdiam de seus filhos e o evento tinha que chamar no alto falante o nome da pessoa e onde estava, para então encontrá-lo.
Respondendo a questão anterior que fiz logo no início, o evento continua oferecendo muitas atividades como na edição anterior e deve agradar a muitos. Sabemos que é preciso crescer, ter uma feira tão boa quanto às internacionais, mas ao mesmo tempo em que se aumenta o espaço, é necessário ter ainda mais cuidado com a organização de infraestrutura e das atividades oferecidas. Mesmo com defeitos, não há como negar que é divertido a ambiente proporcionado e liberdade de "ser nerd", sem preconceitos.
A próxima CCXP acontecerá entre os dias 1 a 4 de dezembro, na São Paulo Expo. Até lá, vá guardando dinheiro para novas figuras e quem sabe seu próprio cosplay.

